Li uma matéria no G1 comentando sobre o crescimento das buscas online para alguns produtos no período da quarentena.
Buscas de supermercado pela internet, equipamentos de ginástica e periféricos de computador subiram vertiginosamente. Só como exemplo, álcool em gel cresceu 983%. Anilhas de academia, 937%.
Claro que existem um monte de outros produtos ali que em um exercício mental você conseguiria adivinhar que cresceriam também como televisões, webcams, headsets e até computadores (já que o Home Office virou realidade para 23% das pessoas, contra 0,2% poucos tempo atrás).
Fiquei curioso e quis fazer minha própria pesquisa, imaginando o que poderia gerar maior interesse nesse momento de crise. Estou colocando os resultados abaixo:
Resolvi utilizar o Google Trends para ter uma ideia de como estamos buscando alguns termos no Brasil. A primeira curiosidade que tive foi de saber se estamos buscando mais por “comparadores de preço”. Imaginei que já que a busca é online, comparar preços seria mais fácil através de uma ferramenta. Além disso, a matéria do G1 aponta o Buscapé como fornecedor dos dados.
Inicialmente, tomei um susto! O único buscador que eu uso é o Buscapé, porém lembrei que existiam outros dois: o Zoom e o BondFaro. Acontece que eles nem existem mais (pelo menos ambos os sites estavam com erro 504 no momento em que escrevo este artigo) e Zoom é o mesmo nome de uma ferramenta de videoconferência e por isso temos esse boom de interesse bem no período da quarentena.
Deixando só o Buscapé, aparentemente nada mudou na quarentena e o pico foi na Black Friday:
Depois pensei em outras duas hipóteses:
- Durante a quarentena as pessoas procuram mais por Cursos Online.
- E a busca por Jogos Online também aumenta durante a quarentena.
Curiosamente, o interesse em Cursos Online sempre foi menor do que por Jogos Online, mas desde meados de Março, ambos cresceram muito e o interesse em buscas por Cursos ultrapassou o interesse em Jogos:
Os cursos que tem sido mais buscados são os “gratuitos” e a busca por cursos gratuitos em específico da FGV e os de desenho da Faber Castell estão crescendo.
E só para ter certeza que as pessoas estão ficando em casa, resolvi comparar com as buscas por bares, cinemas e restaurantes e constatei que houve uma queda bem acentuada em março:
Fora isso, o próprio Google Trends deixa vários insights de buscas que vem crescendo. Obviamente, a grande maioria delas é relacionada ao COVID-19, à crise e a informações de como conseguir ganhar o benefício do governo. Contudo, um dos insights me chamou muita atenção:
O interesse em “Como Fazer Pão” dobrou.
E disso tirei um monte de outras dúvidas que gostaria do seu input:
- Será que o interesse por cursos online se mantém depois da crise?
- Que tipo de negócios poderiam nascer de novos interesses das pessoas?
- Assinatura de entrega de pães?
- Assinatura de ingredientes para fazer pão em casa?
- Será que depois da crise as pessoas continuam a fazer seus pães ou voltam para as padarias?
Enfim, para cada pergunta vai surgir uma outra pergunta, mas a reflexão que eu quero deixar é exatamente como descobrir o que tem potencial para crescer durante a crise?